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14/08/2019 17:08

Missa em homenagem às irmãs falecidas inicia a Festa da Boa Morte

Uma tradição secular mantida sob o manto da fé e da luta de mulheres negras pela libertação dos seus irmãos escravos. Foi com essa missão que nasceu a Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Na noite desta terça-feira (13), primeiro dia da Festa da Boa Morte, uma missa lembrou as irmãs que já faleceram. 


A festa, com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo (Setur), deve atrair cerca de 6 mil pessoas para acompanhar as tradicionais cerimônias, que seguem até sábado (17). A expectativa é de que a taxa de ocupação da rede hoteleira chegue a 100% no período da festa. 


Nesta terça (13), vestidas de branco, as 32 mulheres que integram a Irmandade da Boa Morte saíram em cortejo da igreja da Nossa Senhora da D'Ajuda, acompanhadas pela imagem da Nossa Senhora da Boa Morte, com destino à capela que leva o nome da homenageada na festa.


A programação de quinta-feira (15), principal dia da festa, começa com alvorada às 6 horas. Às 10 horas será celebrada a missa festiva pela Assunção de Nossa Senhora. Às 11 horas, começa a procissão de Nossa Senhora da Glória, acompanhada de filarmônicas. Ao meio-dia tem valsa e samba de roda no Largo da D'Ajuda. Às 13 horas, acontece o almoço das irmãs na sede da Irmandade da Boa Morte. A agenda do dia termina com samba de roda no Largo D’Ajuda, a partir das 16 horas.


História - 
A Irmandade da Boa Morte é uma tradição de mais de 230 anos, passada de mãe para filha por 23 mulheres, com origens na luta contra a escravidão.  Da Igreja Católica foi herdado o culto a Nossa Senhora. Na confraria só são aceitas mulheres de mais de 50 anos de descendência africana. A Festa da Boa Morte é Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010.


Fontes: Secom e Setur


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